Páginas

domingo, 23 de maio de 2010

E-BOOK, IPAD E KINDLE: NOVAS TECNOLOGIAS SERÁ O FIM DO PAPEL?


            Ao longo dos anos o mercado tecnológico vem nos abastecendo com novos mecanismos digitais, numa forma de tornar a vida do ser humano mais ágil e cômoda. Recursos que caminham numa linha aprimorada de desenvolvimento e criações contínua, presente desde o primeiro meio de comunicação, o jornal.
             Não é por acaso que após o surgimento do jornal criou-se o rádio, que mais tarde se desenvolveu a televisão e a internet, ao qual podemos enfatizar que cada um desses objetos foi criado a partir da junção de dois ou mais meios dando corpo a um terceiro objeto. Não podemos deixar de mencionar que ambos demoraram tempos para serem criados, diferente das novas tecnologias que surgem no século XXI.
            Numa forma de tornar a leitura mais ágil e fácil os cientistas criam outras maneiras portáteis e cômodas para os leitores, assim nasceu o e-book, um sistema de armazenamento online de livros eletrônicos, em que se utiliza da obra do autor por um custo bem menor que os livros convencionais. Com o passar do tempo surge o Kindle uma tela como de um notebook, que armazena seus livros, jornais e revistas no aparelho sem a necessidade de estar conectado a internet para utilizá-los. Por fim chegamos ao Ipad, novo aparelho da Apple, que assim como o kindle armazena por download uma infinidade de informações como: jornais, revistas, livros e até conteúdo da web.
           No Brasil o novo aparelho da Apple já esta sendo aceita pelas empresas de comunicação, assim como o jornal O Globo tem sua versão para o Kindle, a revista época lançou no início deste mês a sua versão para Ipad, em que os leitores podem acessar o conteúdo digital ou até mesmo assinar a revista em formato digital.
          Ao pararmos para refletir vem-nos a pergunta que acompanham comunicadores e filósofos há milhares de anos, “Será o fim do papel?”. Em entrevista a revista Época o escritor Jean-Claude Carrièri afirma que as pessoas confundem leitura com livro, ao qual o fato de livros, jornais e revistas estarem se modernizando e se adaptando as novas tecnologias, jamais vai desaparecer, isto porque, para se utilizar desses avanços tecnológicos se necessita da leitura, outro fato é que se pode mudar a forma de como se adquire o conhecimento, porém ler continuará sendo uma atividade, pois o mecanismo é apenas o objeto, a forma como se transporta a informação.
          Em outros casos podemos afirmar que muitas pessoas dão um grande valor a folhear a revistas ou jornal, sentir a textura de um livro, assim como o designer, o papel formar diferente que atraem leitores e que não pode ser modificada num aparelho como estes. Outro fator importante nesta briga é o custo inacessível momentaneamente, isto é, o valor cobrado pelas empresas para se adquirir um aparelho ou o sistema são muito caro, ainda mais no Brasil, em que os impostos são um absurdo, pois um Ipad em nosso país não sai por menos de mil reais.
          A conectividade do mundo moderno com a realidade da população se contradiz em relação ao conteúdo disponibilizado na web e nesses novos sistemas, até porque grande parte do conteúdo online, para esses meios de comunicação, é restrita apenas aos seus assinantes, e em outros casos o acesso da população, no Brasil, ainda é limitado. Caminhamos para uma maior digitalização da população, em nosso país, porém neste momento e num futuro mais próximo, o velho e bom papel continuará sendo a versão mais usada para a comunicação, mesmo com as novas tecnologias que vem por ai.

Crédito da Imagem: Banco de imagens Google

quarta-feira, 12 de maio de 2010

DIA DE LAZER, MAS PARA ONDE VAI A EDUCAÇÃO?



           
            Início de final de semana, apesar do friozinho, é dia de paulistas e turistas irem ao shopping ou visitar o parque. Ter contato com a natureza, fazer caminhada, ensinar as crianças uma forma de lazer saudável, isto é, uma maneira de transformar aquele sábado monótono em um dia alegre com a família e os amigos.
           Pensando nesta fórmula não há nenhum problema quanto à rotatividade dos frequentadores desses ambientes de lazer, porém não podemos deixar de evidenciar a falta de educação por parte deles em ambos os lugares.
           Numa pequena caminhada pelo parque do Ibirapuera, na grande São Paulo não se pôde deixar de observar a quantidade de lixo deixada, por seus visitantes, em toda a sua extensão. Isto porque, grande parte deles faz piqueniques, ou algum tipo de lanchinho nos intervalos do lazer, principalmente quando se esta com crianças, ao qual podemos identificar: saquinho de salgadinho, copinhos plásticos, papel tipo guardanapo, palito de algodão doce, dentre outros objetos. Não podemos esquecer que, em toda a sua extensão, a cada metro caminhado se encontra várias lixeiras orgânicas e recicláveis, e mesmo assim, não contentes, deixam espalhados objetos que deveriam estar em seus devidos lugares.
          Num shopping Center da capital, podemos observar que o mesmo acontece com a praça de alimentação, local de refeição dos clientes, não que se comportem idêntico ao ambiente de recreação, como por exemplo, deixar resíduos no chão, mas ficam espalhados nas mesas do local.
Sim grande parte dos usuários não podem simplesmente recolher seus resíduos alimentares e jogar na lixeira mais próxima, sem contar que numa praça de alimentação, temos vários terminais de lixo igualmente distribuídos assim como no ambiente de lazer, as orgânicas e as recicláveis e ainda assim milhares de lixos são deixados diariamente nas mesas dos shoppings não apenas da capital, mas de todos os lugares.
          E porque nossos cidadãos não conseguem recolher os resíduos que os próprios produzem? Podemos afirmar que em suas residências não acontece à mesma coisa, e pior se acontecer temos certeza de que as senhoras de cada lar não irão admitir essa atitude dos membros da casa. Então porque motivos fazem o que não se faz nem em suas casas? Será que acreditam que assim estão ajudando no emprego dos faxineiros? Pergunto isso, pois já ouvi essa expressão em relação aos lixeiros, será que está seria a resposta?
         Na verdade acredito que a resposta esta dentro de nós mesmo, pois as pessoas não têm algo chamado educação, sim a mesma educação de seus lares após um jantar ou recolher os lixos dos ambientes. Se nós aprendermos que todos os locais, independente de ser sua residência ou não, fizermos a nossa parte de recolher o lixo que nós produzimos no ambiente que nos encontramos.
          E se pensarmos que não são apenas nesses ambientes, mas a população joga lixo em qualquer lugar de via pública, então podemos afirmar que a falta de educação é muito maior do que apenas em alguns lugares, ela sim é generalizada e porque você não faz sua parte? Simples, a resposta é aquela velha e conhecida frase: “Se o fulano não faz porque eu tenho que fazer?”. É com estes pensamentos não iremos a lugar algum, depois reclamam que São Paulo fica submerso toda vez que chove. Vale à pena pensar nisso, não é?!

Credito da Imagem: Ibirapuera Oficial

domingo, 2 de maio de 2010

UBS BARRAGEM: A PRECARIEDADE TRANSFORMADA EM ALEGRIA



Num país que sofre com as diversidades econômicas, em que grande parte da população não tem acesso às necessidades básicas constituídas por lei, e que lutam diariamente para a sobrevivência de suas famílias, até mesmo com menos de um salário mínimo. Remete-nos a pensar que esta é uma realidade totalmente afastada de nossas muralhas de concreto, rodeadas de trânsitos caóticos, correrias diárias de uma metrópole sustentada pelos pilares da individualidade do ser humano.
Porém estamos errados, pois está é uma realidade aqui mesmo da capital, localizado há 30 km de Interlagos, e completamente esquecido por nossos governantes e autoridades em questão. É assim Barragem, bairro pertencente ao Distrito de Parelheiros extremo sul da cidade de São Paulo. Preservado pela Área de Proteção Ambiental é considerado patrimônio geológico. Cercado pelas bacias hidrográficas Billings e Capivari – Monos, e cortadas por vegetação fechada da mata atlântica abrigam em sua extensão não apenas ricos mananciais, mas problemas decorrentes de seu esquecimento.
Tão rico e ao mesmo tempo tão pobre, onde mesmo com todo o manancial não existe água potável, as ruas são de terra, há apenas uma estrada asfaltada repleta de buracos e desníveis. Há pouca iluminação, não apenas na estrada, mas em todo o bairro e o único transporte oferecido pela prefeitura é precário, pois o utilitário demora 40 minutos para passar no ponto de ônibus. Para termos uma ideia geral da situação que vive esta população, a farmácia e a base da polícia militar mais próxima ficam a cerca de 8 km.
Dentre toda essa diversidade cultural e principalmente econômica vivem cerca de 1.500 famílias, dependendo de um sistema de saúde, em que muitas pessoas andam mais de 12 km para receber atendimento médico na única unidade básica de saúde existente no bairro. Muito mais que atendimento, procura uma mão amiga, a esperança para milhares dessas pessoas num único lugar.
Compromisso este assumido por toda equipe da Unidade Básica de Saúde Barragem, tanto nos atendimentos clínicos como nos projetos educacionais implantados na comunidade. Responsabilidade social assumida com programas desenvolvidos para uma melhor qualidade de vida dos idosos, educação sexual para adolescentes, além de benefícios para uma melhor condição de vida para toda comunidade.
Comprometimento associado a uma belíssima equipe, que se dedica diariamente a solucionar de maneira atenciosa e cativante os problemas de uma sociedade, que aos poucos trazem o sorriso e a dignidade a uma população totalmente esquecida por todos. E mesmo com todas as dificuldades enfrentadas não deixam de plantar uma semente de esperança no coração de cada pessoa dessa comunidade.
Muito mais que médicos, enfermeiros e auxiliares, é a luz encontrada pelos moradores do Barragem, que estava perdida, e que a cada dia é transformada em alegria perante as conquistas alcançadas por esses profissionais. Exemplo este que não apenas nós devemos seguir, mas que todas as autoridades, pois este é apenas um bairro dos milhares existente por toda São Paulo.
Crédito da Imagem: Maria de Lourdes Pupo